SIMBIOSE DA NATUREZA
Sinta o coração pulsar
Rancor, amor, e dor...
O sangue corre, ferve, borbulha
Os olhos vêem e pedem
Liberdade do amor, da dor, do rancor
Se dilacera a alma
Também sofre o corpo
Pois no coração uma grande explosão
Que é tiquetaqueada pelo sangue
Pela guerra e pelo sentimento
Da perpétua prisão da essência
Estremece a terra, ondeia o solo
As entranhas se contorcem e regurgitam...
Fogo colore os ares, cinzas salpicam o verde
Granitos atingem as árvores, casas, tudo...
A destruição é bela... Mas esconde
A face sombria em seus fogos de artifício
O que poderá deter a sombra?
Tudo se faz lúgubre, tudo se mostra duro
O sol imagina entrar no grande canyon
E colorir mil as grandes escarpas
Para renascer o verde, para florescer o campo...
Mas se fecha a garganta da terra
E sua voz ruge, outra vez, para dentro de si.
DAMARIS PIETRO
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