NAU FRÁGIL
É plenilúnio... E a vida flutua
É paixão no ar, nau no mar
Lua a cruzar o límpido céu...
É brisa que a aurora vem despertar.
É primavera, verão e se vê
Solstício... e pára o tempo.
Nau que esquece o horizonte
Ali, desconhecida do vento.
Agosto dos ventos uivantes
Nau que em desespero desafia...
Vencida! Em desalento se entrega
A correnteza a arrebata sem mais porfia
Nau avariada, sem porto seguro
O frio enregela as entranhas
Nau impulsionada pela solidão
Busca seu destino, enfim, baías estranhas.
Uma centelha busca no outono
O último raio de sol, confiança
Vencidas as lutas hibernais, enfim
A nau frágil repousa em segurança
Nau em porto seguro, feliz
Nau à deriva, solidão
Nau em tormentas, desespero
Naufrágio superado, esperança...
DAMARIS PIETRO
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